sábado, 17 de julho de 2010

O elefante


Em uma conversa informal com colegas que sempre tem boas ideias, comentamos sobre o poema abaixo que eu ainda não conhecia, e lendo o poema vejo o quanto é rica a poesia que fala simplesmente de um elefante...

O Elefante
(Carlos Drumond de Andrade)

Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos moveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
e é a parte mais feliz
de sua arquitetura.
Mas há também as presas,
dessa matéria pura
que não sei figurar.
Tão alva essa riqueza
a espojar-se nos circos
sem perda ou corrupção.
E há por fim os olhos,
onde se deposita
a parte do elefante
mais fluida e permanente,
alheia a toda fraude.
Eis meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê nos bichos
e duvida das coisas.
Ei-lo, massa imponente
e frágil, que se abana
e move lentamente
a pele costurada
onde há flores de pano
e nuvens, alusões
a um mundo mais poético
onde o amor reagrupa as formas naturais.

Vai o meu elefante
pela rua povoada,
mas não o querem ver
nem mesmo para rir
da cauda que ameaça
deixá-lo ir sozinho.
É todo graça, embora
as pernas não ajudem
e seu ventre balofo
se arrisque a desabar
ao mais leve empurrão.
Mostra com elegância
sua mínima vida,
e não há na cidade
alma que se disponha
a recolher em si
desse corpo sensível
a fugitiva imagem,
o passo desastrado
mas faminto e tocante.

Mas faminto de seres
e situações patéticas,
de encontros ao luar
no mais profundo oceano,
sob a raiz das árvores
ou no seio das conchas,
de luzes que não cegam
e brilham através
dos troncos mais espessos.
Esse passo que vai
sem esmagar as plantas
no campo de batalha,
à procura de sítios,
segredos, episódios
não contados em livro,
de que apenas o vento,
as folhas, a formiga
reconhecem o talhe,
mas que os homens ignoram,
pois só ousam mostrar-se
sob a paz das cortinas
à pálpebra cerrada.

E já tarde da noite
volta meu elefante,
mas volta fatigado,
e as patas vacilantes
se desmancham no pó.
Ele não encontrou
o de que carecia,
o de que carecemos,
eu e meu elefante,
em que amo disfarçar-me.
Exausto de pesquisa,



águas de março

Já estamos em julho.. mais essa música me trás lembranças... águas de março que fecham o verão, fecham um romance, fecham um coração, uma etapa, um sentimento...

"É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol"

"São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração."

Entramos no frio ... tempo de fazer lual, assistir filme, ficar em casa, comer mais, brigadeiro, chocolate quente, macarrão de forno, pessoas mais juntas, mais perto, mais calor humano,, tempo de fazer fogueira......

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Minas


Passando por Jacui, Bom Jesus da Penha, Nova Resende e São Pedro da União, circuito montanhas Cafeeiras percebe-se o quanto uma estrada de terra judia de um povo, e ao mesmo tempo o quanto é bonito de se ver o que tem em volta de uma estrada terra... montanhas, o verde o sol... pensamos em como é a vida das pessoas que vivem la naquele "fim de mundo"... ou não pode ser um "começo do mundo"???
O povo simples de se ver, que ajuda o p´roximo, que te atende com muito calor, que te oferece um cafezinho, bolo de fubá e um pão de queijo. Minas é assim só quem conhece é que pode julgar, com suas belezzas e difuciculdades, porém com muita educação!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Palavras


Não tente me enganar
Vejo em seu olhar que já não existe
Aquele mesmo amor que nunca esperou
Acabar tão triste.

Não tente me dizer palavras que eu
Já não acredito
Eu posso compreender o que restou de um amor

Que foi tão bonito.

Eu fiz daquele amor o meu sonho maior
Minha razão de tudo
Foi pouco o que restou
De tanto que existiu
Recordações e nada mais.

Não, não vá me dizer palavras que venham
Me fazer chorar depois
Eu sei que vou viver
Por muito tempo ainda

Das lembranças de nós dois.


Sono


Ser acordada pelo cobrador do ônibus é normal!!!! Quem nunca passou por isso???? Isso ocorre pelo fato de o indivÍduo caracterizado como viajante estar com SONO, você pode imaginar o que o sono pode causar????


Há quatro formas básicas de transtornos do sono. 1) Os primários, por não derivarem de nenhuma causa externa, originando-se no próprio indivíduo: são divididas em dissonias (insônia e hipersonia) e as parassonias (sonambulismo, terror noturno, pesadelos). 2) Os decorrentes de transtornos psiquiátricos como a ansiedade, depressão, psicoses, mania, etc. 3) Os decorrentes de transtornos físicos em geral como qualquer condição física que prejudique o sono: falta de ar, dores, desconfortos. 4) Os devidos a medicações ou outras substâncias que possam prejudicar o sono. Abordaremos apenas as insônias do primeiro tipo.


OU SIMPLESMENTE DORMIR E NÃO ACORDAR NO PONTO CERTO DE ONIBUS.
E MAIS!!!
SER ACORDADO PELO COBRADOR COM A PALAVRA "MENININHA, MENININHA, MENININHA" VOCÊ CHEGOU EM GUAXUPÉ!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

De ontem em diante


De ontem em diante serei o que sou no instante agora Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada são coisas distintas Separadas pelo canto de um galo velho Eu apóstolo contigo que não sabes do evangelho Do versículo e da profecia Quem surgiu primeiro? o antes, o outrora, a noite ou o dia? Minha vida inteira é meu dia inteiro Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro! Minha mochila de lanches? É minha marmita requentada em banho Maria! Minha mamadeira de leite em pó É cerveja gelada na padaria Meu banho no tanque? É lavar carro com mangueira E se antes um pedaço de maçã Hoje quero a fruta inteira E da fruta tiro a polpa... da puta tiro a roupa Da luta não me retiro Me atiro do alto e que me atirem no peito Da luta não me retiro... Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem

Segunda-feira

mais um fds que passou.... mais uma expoagro também

Quando paro pra pensar em tudo o que aconteceu, vejo que não vivo sem meus amigos, são eles que me divertem, que me consolam, que me apoiam, que enchem a cara comigo, que pulam e cantam, que pagam mico junto comigo, que morgam durante a tarde e que me dão energia pra fica acordada até às 08 da manhã... é eu não sou nada sem vocês...

Algumas palavras que fizeram parte dos últimos dias
amor
fim
choro
sertanejopinga
loucura
meninos
meninas
balada
arena
diverssão
hupa
goró
squenta
alegria
sol