terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Peças assistidas


Algumas peças de 2011....



Começarei citando as peças da Companhia de Teatro Os Satyros.
Bom foi no satyros que conheci um outro universo teatral, como oficineira do Satyros não poderia começar falando de outra companhia...

Peças:

Roberto Zucco.

A platéia se move jnto com a cena, as projeções tem seus significados e estão no contexto da cena, Zuco em cena é como um gigante devastador. Foi com o coração desparado que assisti a primeira peça do Satyros.

Hipóteses para o amor e a verdade
"Pedimos para que não desliguem os celulares"

Através de mensagen recebidas no celular uma interação com o público que nos deixa ansiosos e atores de tudo o que acontece em cena. Vários socos no peito ao ouvir as várias verdades ditas. Um espetáculo que me fez ficar uma semana com tudo na garganta ainda, demorei para fazer a digestão de tudo o que vi e ouvi.


Na Real

O espetáculo dos teens me emocionou muito, ao ouvir "quem sabe ainda sou uma garotinha" um sorriso se instalou em meu rosto, todos em um ritmo e uma energia só, me lembrei dos tempos de escola e  me emocionei com as situações e histórias diversas, me diverti e sai do teatro mais leve.


Cabaret Stravaganza 

Começando com uma estreia virtual, esperei para assistir essa peça, vi o amor líquido, as relações virtuais, a humanidade expandida, a evolução técnológica, nossa depêndencia tecnologia, o corpo modificado pela tecnologia, depoimentos,  são atores e aparelhos, luzes, laser, celulares, computadores, projeções, reflexos, tudo junto, atuação e tecnologia juntos e com toda a teatralidade


O performativo
Apatheia, Solstício em lâmpadas de Led, Algumas coisas que eu queria dizer ou enquanto o ônibus não passa, Distopias... entre outras peças, "drama mix", "auto peças", "ouvi contar" que eu vi no Satyrianas e durante o tempo em que eu fiquei na praça Roosevelt... no Satyros eu descobri um outro mundo, aprendi, fiz amizades, me virei na "cidade grande", vi de tudo um pouco... um local de descobertas, um local que não vai ser fácil deixar para trás...







domingo, 4 de dezembro de 2011

O final do final de semana

Fisicamente:
Corpo vazio, corpo cansado, corpo machucado, corpo com sono.
Os lábios estão roxos e ardendo, o esmalte da unha se desfez, uma unha se quebrou, o joelho fica latejando, a cabeça fica mais pesada, na boca um gosto amargo, o estômago ebrulhado e o fígado pedindo socorro.
Pé inchado, olho borrado, bagunça no quarto,  alomoço às 16:00, final de uma tarde de sol, hora de torcer, voz rouca.
Corpo com novidades, corpo bem humorado, corpo sorrindo, corpo preguiçoso...


Psicologicamente:
E o que fica desses dias?
Ficam as amigas, as loucuras e as paixões.
E o que isso significa?
Um pedaço de mim.
Quando?
No final de um final de semana.

"Vou armar minha rede na nuvem..."

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pessoas são músicas


Eu nunca postei uma mensagem, acho mensagem uma chatice, coisa de final de ano de escola... mas vou postar uma mesagem que li em 2002 e que ficou guardada em meio às "lembranças escritas de um caderno".

Pessoas são músicas, você já percebeu ???
Elas entram na vida da gente e deixam sinais.
Como a sonoridade do vento ao final da tarde.
Como os ataques de guitarras e metais presentes em cada clarão da manhã.
Olhe para uma pessoa e você vai descobrir, olhando fundo, que há uma melodia brilhando no disco do olhar. Procure escutar.
Pessoas foram compostas para serem ouvidas, sentidas, e interpretadas.
Para tocarem nossas vidas com a mesma força do instante em que foram criadas e para tocarem suas vidas com toda essa magia de serem músicas.
Existem pessoas que terei  o prazer de continuar ouvindo.
As pessoas tem que fazer o sucesse que lhes desejamos
Mesmo que não estejam nas paradas.
Mesmo que não toquem no rádio.
Apenas no coração. 


Memória olfativa

O prazer da quinta-feira está no lago.
É ao seu redor que é possível respirar.
Pisar nas pedras é o mesmo que andar em plumas e o ar frio refresca todos os órgãos.
Ao redor do lago tem um lua, uma fonte, uma luz e uma mulher.
Uma mulher que de olhos fechados sente toda a energia de todos os seres vivos que exalam seus odores ali.

A cada passo, um cheiro.
A cada cheiro, uma lembrança.

O cheiro de mato, cheiro de terra, cheiro de peixe, cheiro de "Dama da Noite", cheiro de vaca, cheiro de bosta, cheiro de eucalipto... esses eram os únicos que ela conseguia identificar.


Entrou em desespero pois para cada inspiração de ar um novo cheiro e uma lembrança pela metade, era o odor do quê? Ela não sabia. Tentava lembrar da onde e do que eram aqueles cheiros, mas não conseguia... só sabia, que já os havia sentido alguma vez em sua vida.

Foi uma decepção, esquecer algo que é lembrado e sentir algo esquecido.

Parou, fechou os olhos e começou a inspirar e guardar todos aqueles cheiros que apareciam ali, na sede de que nunca mais fossem esquecidos.

Abriu os olhos, olhou para o reflexo da lua e desejou não esquecer nada daquele momento, a imagem de um céu noturno refletido na água, o som dos animais, o vento gelado no rosto, a textura do chão, o gosto do ar e o cheiro daquele lugar.


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

um caderno... uma lembrança

Ela acorda com muita dor na panturrilha, abdomen, pescoço e sem voz. Dores sentidas com prazer de uma noite de lembraças.

"Hoje é o dia, eu quase posso tocar o silêncio... meu caminho é cada manhã, não procure saber onde estou... que país é esse... um passo sem pensar...we will, we will rock you"

Ela ouviu e naquela noite se lembrou...

Lembrou de quando estava no colegial e que usar All Star preto e sujo era um máximo. Paquerava meninos de cabelo grande, andava com uma corrente na cintura, amarrava um moleton pra baixo da cintura e pintava as unhas de preto, isso tudo duraria para sempre...

Tudo girava me torno de uma rebeldia sem causa, matar aula, tirar nota vermelha, ganhar um termo de compromisso, bater a porta do quarto e brigar com a mãe era um máximo.

Tudo ia no embalo dos rocks preferidos, na parede tinha o pôster do Kurt Cobain, Bruce Dicknson, Axel Rose e Pink floyd. A música era sua forma de expressão. No toca fitas, pausava cada trecho para copiar a letra no precioso caderno de músicas, era um máximo ter um caderno de músicas, tinha até uma competição de quem escrevia mais músicas. "Faroeste Cabloco" era copiado em todos os cadernos, decorar "Faroeste Cabloco" era um máximo. 

É nesse caderno que aparece cada fase da vida dela, cada músca copiada a lembrança de uma pessoa, um sentimento, uma conquista, um amor, uma amiga e um breve futuro.

Cantar "Que país é esse", salvaria o Brasil, chorar por "Índios" e celebrar a paz era emocionante. "Dinho ouro Preto" era o cara mais lindo na época e namorar alguém que tivesse uma banda de rock era um máximo.
A gente nem precisava ir a shows, nem de cds, vídeo do youtube, dvd, letras online, foto do google, site oficial, twitcan, curtir no face, seguir no twitter... um caderno de músicas era suficiente. Cantar já era liberdade! A essência daqueles dias estava na cópia a mão de uma música, estava no andar de mãos dadas com ele, na fita casset, nos primeiros beijos, na primeira vez, na primeira relação, nas mehores amigas, no destino incerto, na incerteza bem vinda, na despreocupação com o futuro, na busca pela independência, no primeiro amor e nos "Primeiros erros".


 







"Se um dia eu pudesse ver... meu passado inteiro"


Janela


Ela chega em casa, come, dorme, levanta e sai.
A mãe liga, o pai chama e avó avisa que o almoço está pronto.
-O almoço está pronto.
-Fica com Deus mãe.
-Tchau pai.
É segunda, terça, quarta, quinta e sexta.
No sábado ela chega dorme, dorme e dorme
Na outro dia ela chega e procura. 
Perdida entre os cômodos da casa, andando pelo corredor que agora é infinito, abrindo e fechando as sete portas dos seus sete cômodos, suas sete moradas, ela não dorme, não levanta e não consegue sair. 
Na busca incessante de algo que não sabe o que é, o peito fica apertado mas ela não sabe porquê, no tédio, na ansiedade, no corpo mole, nas mãos bobas, nos olhos ardentes e no paladar desgostoso ela cai.
Olha pra cima e as paredes vão chegando cada vez mais perto, o colchão mais duro, a porta não abre e o chão se torna mais gelado.
Ela não consegue enxergar as cores do azulejo da cozinha, guarda a manteiga no armário e o garfo na geladeira.
O latido de sua cadela se tornou trilha sonora para as tentativas incansáveis de dormir. O sono é constante e a voz do apresentador de TV leva a depressão, daquele dia perdido entre os cômodos e o labirinto daquela casa, mal iluminada branca e sem cheiro.
Ela anda pelo banheiro sente o frio da água, defeca, sente nojo, limpa, olha para as fotos na parede do corredor e a frente se vê no espelho, do espelho do corredor algo a assombra, algo a  persegue . 
No espelho as vezes tem uma sombra, a silhueta de uma mulher em um dia de espera. Um dia de ressaca, um dia de cansaço, um dia de fome, um dia vazio, um dia frio, um dia chato, um dia lento, um dia sem dia, um dia que ainda vai acabar.
Espera algo que não sabe o que é, engole a seco, tenta tirar o nó apertado da garganta e chora.
No sofá lembra dos amores, das noites quentes, sente um beijo, beija, assiste e espera.
Ela poderia ter feito faxina, arrumado o guarda-roupa, lavado a louça, feito as unhas mas ela prefere esperar.
Não atende a mãe não fala com o pai e não almoça, ela espera.
Na espera e foi na Praça do Cemitério em dias de velório, que ela conheceu a plenitude do silêncio. Ela via vida e morte todos os dias, no mesmo dia e na mesma hora. Ela respira o silêncio da morte, o sol se vai, o sino do cemitério toca, o cheiro de vela aparece e da garagem de casa ela vê as almas passarem para o outro lado da rua. Ela é silêncio. E no silêncio? O que aconteceria? 
foi então que ela preferiu abrir as janelas, ela abriu todas as janelas para que todos os insetos entrassem..


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Conversa de amanhã




Conversa:
-Amanhã irei ao médico para instalar um HD externo, depois vou salvar todas as minhas músicas decoradas nele.
-Mês passado eu tinha 20 amigos, hoje eu tenho 220, aqueles que estão me incomodando eu cancelo atualização e quando não gosto de alguém eu utilizo o botão excluir amigo.
-Fiquei 2 dias sem net, conectei hoje e tinha 23 solicitações de amizade, 10 convites de evento, 74 atualizações, 15 marcações de foto, 5 mensagens e um novo membro na minha família. 
- Você viu! Ontem a Maria estava solteira, hoje ela está em um relacionamento  enrolado  e amanhã ela estará casada!
-Ontem eu aceitei a "solicitação de irmão" do meu irmão. 
-Minha mãe anda muito estressada... ela foi ao médico e ele pediu para ela fazer um backup.
-Ontem o Fantástico anunciou o nome do primeiro bebê gerado em uma placa mãe e a descoberta da cura para a Aids
- Qual é a cura?
- Sexo Virtual.


"O "post" é voz que vos libertará"
  "Todo bit, byte, e tera..será força bruta a navegar, será nossa herança em terra!"
(O Teatro Mágico)


"A rede é meu abrigo."
(Zygmunt Bauman )


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Quando o corpo

A mente autoritária vai dando ordens a um corpo que só obedece.

Ela manda o corpo acordar cedo, levantar e ir trabalhar.

Diz para o corpo que ele deve ir a academia, fazer caminhada e comer.

Ela também pede para o corpo ler um livro e entrar na internet. Envia informações aos dedos e os obriga a digitar. Em segundos uma sequência de palavras formam um texto no qual a mente escreveu. Créditos a mente!

A mente demora a se cansar, mas quando se cansa, pede para o corpo ir dormir... logo em seguida ela obriga o corpo a acordar novamente e começar tudo de novo...

Um dia o corpo se rebelou. Ele levantou e gritou sozinho, gritou tão alto que as Amidalas transformaram todo o som em uma infecção, inflamação e inchaço na garganta.
E assim sua voz se expandiu por todos os lados.


Em disputa com a mente o corpo se rendeu e foi viajar... porém, ele se reergueu (ou decaiu) e em uma batalha acirrada com a mente o corpo vence.
Ficou muito nervoso, ardeu e queimou tudo que havia em si, utilizou a arma febre e gritou novamente.

Sem a dominação da mente o corpo falou entre dores, choros, calor, frio e cansaço.
Os olhos de tanto medo se fecharam, as cordas vocais se calaram, as pernas ficaram imóveis e as mãos tentaram acalmar tudo o que tocavam, mas não foi possível... Foi então que com um golpe mortal, o corpo derrotou a mente, à fez dormir e dormiu.


O dia que o corpo pediu socorro, mostrou que precisava de ajuda, que não podia mais ser dominado, que precisava de ar fresco em seu interior, sorriso na boca e de um outro corpo para se juntar.

Assim a mente é vencida, convencida de que uma hora tudo para, o tempo, os batimentos, a corrente, a rede, os passos, a fala e o corpo.

Os mecanismos corporais entrão em pane, os comandos cerebrais perdem a conexão, os gigabytes intelectuais se resumem a 1 byte, a rede, os tecidos e as membranas tem um curto circuito, a memória falha e o corpo por si só, grita e para.

Felicidade




Felicidade?

Disse o mais tolo: "Felicidade não existe."
O intelectual: "Não no sentido lato."
O empresário: "Desde que haja lucro."
O operário: "Sem emprego, nem pensar!"
O cientista: "Ainda será descoberta."
O místico: "Está escrito nas estrelas."
O político: "Poder"
A igreja: "Sem tristeza? Impossível.... (Amém)"

O poeta riu de todos,
E por alguns minutos...
Foi feliz!

(O Teatro Mágico)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Modernidade líquida


Trecho da entrevista com Zygmunt Bauman:


(...) Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo. De que há dois valores essenciais que são absolutamente indispensáveis para uma vida satisfatória, recompensadora e relativamente feliz. Um é segurança e o outro é liberdade. Você não consegue ser feliz, você não consegue ter uma vida digna, na ausência de um deles certo?
Segurança sem liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é um completo caos, incapacidade de fazer nada planejar nada, nem mesmo sonhar com isso. Então você precisa dos dois. Entretanto o problema é que ninguém ainda na história e no planeta, encontrou a fórumala de ouro, a mistura perfeita, de segurança e liberdade. Cada vez que você tem mais segurança, você entrega um pouco da sua liberdade. Não há outra maneira. Cada vez que você tem mais liberdade, você entrega parte da sua segurança. Então você ganha algo e perde algo.(...)


Para cada ser humano a um mundo perfeito,
feito especialmente para ele ou para ela.


http://vimeo.com/27702137

domingo, 23 de outubro de 2011

Para as meninas...

Tem mulheres que se preocupam ou fingem se preocupar com sua conduta moral, e eu não sei o porquê disso...




Os homens inesquecíveis de sua vida, são aqueles nos quais ela viu a lua e as estrelas irem embora e o sol nascer e brilhar na janela de um carro.

"Havia um céu azul que brilhava naquela manhã única, sentiu o cheiro do silêncio de domingo que marca sua vida entre paixões e amores, o cheiro que tenta prevalecer na memória perdida e que faz algumas pessoas inesquecíveis ficarem guardadas em uma mente de lembranças esquecidas..."

Assim o amor se faz hoje

Domingos




Domingo é....

A ressaca do sábado, o tédio ao ver seu time perder, a coca-cola no "Skinas", a missa das 19:30, os preparativos para o trabalho na segunda-feira, a arrumação das bagunças feitas no final de semana (latas de cerveja, roupa suja, o ingresso de festa), é o dia de ver e postar fotos é o dia do nada...

É o dia que passa Domingão do Faustão e é ai que que sobe aquela sensação de ser domingo... a pior sensação da semana, é a do domingo. Seus sintomas são: sono, coração apertado, tédio, moleza, vontade de não fazer nada, saudade, vontade de voltar ao sábado, pensamento no "se eu tivesse...", pensamentos confusos, desencontros e sentimentos indecisos...

E assim o dolorido domingo vai terminando ao som do fantástico... fica aquela ansiedade para que este dia acabe e os momentos melancólicos vão embora.

Fica a lembrança da noite anterior, das paixões instantâneas, dos amores que se vão, das viagens que terminam, da conta fechada, dos amigos nas fotos, da cerveja gelada e de mais um domingo solitário, chuvoso e frio na sua vida.


Domingo é o dia de esquecer as horas...

Uma praça




A primeira impressão daquele lugar foi o feio, sujo, pobre, triste, mal cheiroso... com o passar das semanas a impressão que se tem é de um lugar dividido entre o bonito e o feio... as pessoas que passam por ali se misturam a paisagem urbana e fazem parte da pintura daquele muro que divide as suas vidas de uma construção, uma reforma, uma obra em constante mudança. Em um mesmo ritmo, em uma mesmo clima o dias passam e tudo continua normalmente.

E quando tudo isso de uma certa forma começa a fazer parte de sua história, parte de sua rotina e faz sentido na sua vida, tudo se torna importante e belo ao seu olhar.

A beleza de uma flor, a vida de uma pessoa e uma barragem, para descontruir e levantar a beleza de um lugar.



Tem lugares que se tornam maravilhosos ao seu olhar...

http://pracaroosevelt.wordpress.com/

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Tente respirar

Foi na hora do almoço que tudo começou...
Plano A: comer e dormir durante 30 minutos.

Tudo estava caminhando bem, quando foi preciso fazer o almoço.
Plano B: cozinhar, comer e dormir durante 15 minutos.

No quintal os pedreiros estavam trabalhando, em específico cortando azulejo...
Plano C: Ligar a TV, comer e domir durante 15 minutos.

Nenhum canal pegou, a TV estava sem antena.
Solução: dormir sem TV.

Enfim chegaram os 15 minutos de sono. A obra na rua de cima iniciou.
Consequência: as janelas do quarto e da cozinha começaram a vibrar, junto com a porta da sala e a tampa de vidro do fogão, a cada 5 vibrações a porta do quarto batia 2 vezes, uma melodia sincronizada de barulhos irritantes.
Solução: tapar o ouvido com travesseiro.

5 minutos de sono e a vibração continua.
Consequencia: alarme do carro disparado.
Solução: levantar e desligar alarme

2 minutos de sono o despertador toca.
Solução: ir trabalhar

São nessas horas que o ser humano utiliza o dom doado de nosso senhor que se chama, paciência.

Para chegar no trabalho de carro são 5 minutos, na cidade pequena tudo é perto, só que naquele dia o trajeto durou 15 minutos, um calor infernal e a Pereira do Nascimento congestionada.
Solução: respira...

Pagar a fatura do cartão, 15 pessoas na frente, vencimento da fatura 15/09...
solução: respira...

O Sapato perfeito, mas na loja só tinha número 35 e 37... precisava do 36...
Solução: respira...

Ahh uma nova espinha no rosto!
Solução: respira...

Em casa novamente, um banho, um tropeção com dedinho do pé na estante do quarto.
"Você já bateu o dedinho do pé em algum lugar? Dói demais!"

Solução: respira fundo e segura o ar pra ver se a dor passa...Segura o ar...

O carro precisa ser guardado na garagem. É fácil... colocar o carro no neturo, puxar o freio de mão, descer, abrir o portão, entrar no carro, colocar priemira e pronto.

Foi difícil, com o vento o portão se fecha... então coloca-se uma pedra no portão pra ele nao ir pra frente. Entrar no carro.

Difícil, com o vento forte a pedra não segura o portão, e novamente colocar o carro no neturo, puxar o freio de mão, descer, abrir o portão, entrar no carro, colocar priemira e pronto.

Carro guardado. Agora é só fechar o portão e dormir. Tropeção com dedinho do pé no registro d'água.
"Você já bateu o dedinho do pé duas vezes no mesmo dia? Dói demais!"

Não dá pra acreditar né!!!

Solução: Voltar a respirar para não morrer engasgado com o ar que ficou preso durante todo o dia...

Laticínios Aviação apresenta:



ESPETÁCULO
O PRAZER É MEU


Sinopse
Homem vê seu banheiro invadido por suas próprias fantasias sexuais. A partir daí desenrolam-se episódios tragicómicos, que ilustram a dificuldade de assumirmos nossos próprios desejos, a farsa inerente a todo jogo erótico e a dificuldade de acomodar a distinção entre masculino e feminino nos estereótipos criados socialmente.

Clique para ampliar a imagem

Ficha técnica:

Direção: Lauro Baldini

Supervisão: Rita Clemente

Dramaturgia: Criação coletiva a partir do texto-base de Luciano Plez.

Elenco: Laise Diogo, Renata Alves, Rodolfo Bonifácio, Tuany Mancini

Orientação vocal e corporal: Silvana Stein

Orientação musical: Jovane Oliveira e Valeria Semar

Cenografia: Marcos Lustosa (Marcolino)

Cenotécnico: Rafael Vieira

Orientação de iluminação: Wladimir Medeiros

Operador de luz: Junior Silva

Oficina de figurino: Ana Luiza Santos

Produção: gpe

Gênero: Comédia

Duração: 50 min.

Classificação indicativa: 16 anos

Grupo Teatral 14 bis


Mais informações: 35 3551 6669 / http://www.instituto14bis.org.br/

Entrada Franca

Avisos importantes:
* Proibida a entrada de menores de 16 anos.

* Não será permitida a entrada após o início do espetáculo.

* Para retirar seu ingresso, pedimos que chegue ao Teatro com pelo menos 30 minutos de antecedência.

* Ingressos limitados.



Patrocínio: LATICÍNIOS AVIAÇÃO
Apoio local: PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAXUPÉ
Incentivo: LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA/ GOVERNO DE MINAS GERAIS
Realização: INSTITUTO 14 BIS DE EDUCAÇÃO E CULTURA

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

BARAKA

Baraka



Nem sempre precisamos de palavras para expressar o que sentimos, as palavras nem sempre preciasam ser ditas, algumas poderiam ser gurdadas, algmas poderiam se tornar somente uma melodia, algumas poderiam ser trocadas pelo seu olhar, outras pelo seu toque e a maioria delas trocadas apenas pelo sentir.
Sentir o que? Sentir o que iria ser dito...
A maravilha do universo naquilo que se vê
A maravilha do universo naquilo que você pode ouvir
A maravilha do universo naquilo que você sente


Inspirado em

Filmado em 24 países, Baraka desperta a curiosidade sobre as diferentes culturas, mostrando rituais religiosos e fenômenos da natureza. O filme ficou pronto depois de 11 anos. Baraka é uma palavra Sufi que significa
"o fôlego da vida".

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Você prefere o quê?



Não tenho mais nada de preferido... bar, cor, múscia, filme, banda, perfume, cerveja, comida, bebida.
Não tenho o significado de mais nada ao meu redor... trabalho, homem, família, droga, corpo, arte.

Meu peito se fechou, as costelas permanecem contraídas e o coração apertado.
Meus olhos ardem cada dia mais, o colírio não faz efeito.
Meu nariz é ressecado, e todo ar que entra não sai.
Meu estômago aceita qualqeur coisa, não necessita de nada saudável e permanece por mais tempo sem se alimentar.
Minha cabeça, não para de latejar no ritmo dos trabalhadores na construção.
Minha alma é obscura e faz parte de sonhos ruins.
Meus desejos mais perversos brotam nos meus olhos.
Meus momentos de solidão são minutos prolongados.
Minha boca tem um gosto amargo e minha saliva é seca.
Minhas unhas não crescem e a cuticula tenta se soltar.
Meu ouvido não suporta ouvir mais nada.
Meus olhos enxergam tudo em preto e branco.
Minha respiração é dolorida e fica parada na traquea.
Meus dedos, quando tocam o mouse funcionam automaticamente.
Meu corpo vai a qualquer lugar, e finge estar presente.
Minha vagina não sente nada.
Meu cérebro,
não consegue parar
de pensar,
em quais são
as minhas
coisas
preferidas...



O que eu prefiro?
O que você prefere?
Qual é a sua vida preferida?




"O que vejo, o que sou
e suponho
não é mais do que um sonho
num sonho."


"Tudo o que vemos ou parecemos
não passa de um sonho
dentro de um sonho."

(Edgar Allan Poe)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sábado


Recebi esse disco via msn, de um colega que tem um bom gosto musical.


Para os sábados que passaram, para os sábados qua ainda virão e se tornarão lembrança de mais um final de semana...
Uma música para esse dia...

Saturday's Gone

If you're kind for dusty highways and such
Be alright to look her up
The faded priestess of the highways and crutch
Calling when you're down on luck
By the disused railroad road station you go
To the house of dirty pearl
Her existential situation you know
She is not like other girls

She may ask you, "Do you believe?"
You can't stay, though you'll never leave

See the sapphire in the skylines so blue
See the diamond in the dirt
When you think the subject won't turn to you
She got demons up her skirt
It isn't sure of her reflection at all
Is seduced by all things past
A pleasure-seeker of dejection
Gazing into her looking glass

She may ask you what you believe
But the mirror doesn't see me

Saturday's gone, saturday's gone
Saturday's gone, saturday's gone

She may ask you, "Do you believe?"
You can't stay, though you'll never leave

Saturday's gone, saturday's gone
Saturday's gone, saturday's gone

Now a sundown comes, a new day for her
Tired of dress and leave the ground
You'd be a fool to ask her to lift you up
Why go up when you go down?
If you should tire of ties that bind you
Filmed on fever leaves so fast
You got trouble far behind you
Well knows nothing's made to last

Hear how God sees a lion roar
Watch the serpent crossing the floor

Saturday's gone, saturday's gone...


Sábado Passado

Se você é o tipo que gosta de estradas empoeiradas e tal
Esteja bem para procurá-la
A sacerdotisa desapareceu das estradas
Chamando quando você está sem sorte
Pela estação de trem abandonada você vai
Para a casa de pérola suja
Sua situação existencial que você sabe
Ela não é como outras meninas

Ela pode perguntar-lhe: "Você acredita?"
Você não pode ficar, mas você nunca vai sair

Veja a safira no céu tão azul
Veja o diamante na terra
Quando você pensa que o assunto não vai virar para você
Ela tem demônios levantando sua saia
Não se tem certeza de seu reflexo em tudo
É seduzido por todas as coisas passadas
Um prazer candidato de desânimo
Olhando em seu olhar de vidro

Ela pode perguntar o que você acredita
Mas o espelho não me vê

Sábado passado, no sábado passado
Sábado passado, no sábado passado

Ela pode perguntar-lhe: "Você acredita?"
Você não pode ficar, mas você nunca vai sair

Sábado passado, no sábado passado
Sábado passado, no sábado passado

Agora vem um sol, um novo dia para ela
Cansada de se vestir e sair do chão
Você seria um tolo a pedir-lhe para levantar
Por que subir quando você pode descer?
Se você se cansar de laços que o ligam
Filmado em febre deixa tão rápido
Você tem muitos problemas por trás de você
Bem sabe que nada é feito para durar

Ouça como Deus vê um rugido de leão
Assista a serpente atravessando o chão

Sábado passado, no sábado passado ...






segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Música

Música certa, no momento certo, de acordo com um pensamento e com um sentimento momentâneo...

Metade

Eu perco o chão, eu não acho as palavras
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim


Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio

Onde será que você está agora?


Uma letra que reflete metade de mim...



Duas noites

Hoje desejei com todas as forçar tomar uma cerveja, havia assistido um bom filme e só queria ganhar um cafuné...

Antes disso, ao sair do trabalho, subi as ruas de paralelepípedos e com meu carro, (voei por cima da igreja e fui para outro planeta, lá não tinha pessoas nem prblemas, não existia cansaço nem trabalho, só existia silêncio, brilho e prazer), as pedras fazem o carro trepidar e o som falhar, logo cheguei na grande avenida e na minha casa. Descobri que existe algo que não me deixa ir para outro planeta, tentei voltar lá mas não consegui... eu estava com muita fome, fui comer duas horas depois do previsto, dormi sem minha cerveja e sem meu cafuné.

Já é sábado, estou com um fininho da vida na bolsa e algumas latas de cerveja na geladeira, essa noite eu quero mais que um cafuné, dormiria com você. Uma taça de vinho, um bom filme e uma lingerie nova. (Está fazendo calor, acho que vai chover, eu gosto muito de dormir com chuva e de conxinha...)

Peguei meu carro, precisava de refrescar a mente, enfim desliguei o computador e voltei ao mundo físico. Na rua vi pessoas felizes na roda de samba, vi pessoas celebrando o sexo dançando funk, pessoas bebendo vódka e ouvindo psy e vi que todas as mulheres estão usando vesitdo colado, cabelo liso, bolsa de lado, unhas vermelhas, sandália de salto, padronizadas pela revista capricho, parecem uma só. Coloquei o cd do ACDC, resolvi guardar o celular e não me preocupar se ele vai tocar (na verdade eu fingi para mim mesma que não estava me preocupando).

Não encontrei ninguém pra dividir o fino, nem para beber um vinho, tive algumas opções de "alguém" para dormir mas não encontrei ninguém. Entreguei o fino para um colega, comprei um Gudang de cravo, fumei enquanto dava uma volta, parei o carro observei o céu por um minuto e desejei voltar ao planeta que estive ontem, não consegui. (Talvez seja porque estou sem meu anel da sorte).

Fui para casa liguei a TV, a Xuxa está com um lindo vestido branco celebrando a paz e a educação, meu estômago ficou embrulhado, coloquei a TV no mudo, tentei entender o que o cachorro do vizinho estava dizendo, não entendi.

Desejei que você estivesse em minha cama agora, embaixo da coberta ouvindo a chuva. Um minuto de silêncio, fechei os olhose você não apareceu. (Eu ouvi "163000,00 doados... Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir... E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir, Deus lhe pague")

Você não apareceu em meu qurto, algumas lágrimas tentaram escorrer, puxei o ar junto com as bruxas e magos que residem nesse cômodo, um bocejo, um copo d'água, um xixi. Blackout.


domingo, 14 de agosto de 2011

Perfume

Eu mataria para terminar minha coleção, para amar e para sentir o melhor cheiro do mundo.
Eu viveria para colecionar, para ser amada e para ter o melhor cheiro do mundo.


Foto
Filme Perfume - A História de um assassino

"... As pessoas podiam fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podiam tapar os ouvidos diante da melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podiam escapar do aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração. Com esta, ele penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, diretamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atração e menosprezo, nojo e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas."

(Patrick Süskind in O Perfume)





A tela branca diante de rosto enrugado.


Time is ticking out

(Clara Vidinez)

E quando é que tudo acaba, onde é que começa

O amor perfeito sem começo nem fim

Mentira... mentira...

Há um momento. Ele há.

Que o olhar modifica; que as mãos se cruzam

os afetos se concretizam

e as bocas se unem

Vivo agora o que sempre soube que viveria

não saberia dizer como que isso seria possível

pelas circunstâncias, pelos acontecimentos

pelo deixar-se(r) levar.

Mas tudo agora é exatamente como eu nunca soube que sempre seria.

Só isso.

Extremamente possível

Ato de sedução

Ação e reação e reação e reação

e um medo maior do que os sonhos

o entravamento diante do está aqui.

Costumo negar o que existe.

É tão fácil:

Você sorri.

Você aceita.

Você se compadece.

Você lamenta.

Você chora silenciadamente.

Você fala com o espelho.

Você conta de um ao infinito para dormir.

Você faz um diário com várias lacunas.

Você lê romances, notícias de jornais, fofoca sobre famosos, blog dos amigos, provas de vestibulares, livros velhos, cartas de escritores renomados.

Você ocupa a visão.

Você ouve o latido dos cachorros, o locutor da merda do jogo de futebol, o lamentar de parente, as histórias de um amigo num momento de viagem ou larica, as músicas que seus amigos lhe indicam, os ruídos da televisão - os documentários só documentais são os melhores.

Você ocupa os ouvidos.

Você lembra que é domingo, não vai à missa de sétimo dia, sente culpa sem ter cometido pecado.

Você guarda informações inúteis: número de telefones, data de aniversário de pessoas que pra quem jamais ligará, datas dos acontecimentos da infância, da adolescência, das reuniões mais importantes, dos projetos acabados. Isso tudo funciona muito bem.

Você ocupa a mente.

Você se alimenta poucas vezes ao dia, evita comer frutas e em casa. As frituras, os iogurtes, as coca-colas, os cafés, os queijos, as balas de menta, os chocolates que deixam o céu da boca engordurado são fundamentais para você ocupar o seu corpo e sentir-se que precisa descansar.

As poucas horas de sono contribuem para uma irritabilidade, porém, aceitação uma vez que você é quem não está muito bem hoje.

Os acontecimentos indesejados do dia servem-lhe para se vitimizar.

As visitas de parentes te acalentam o coração. Você até pensa que tudo é fraternidade e o importante é dar valor às pessoas de sangue.

Você ouve coisas tão supérfluas, mas pensa que cada um está no seu tempo e que não tem nada a ver com isso. Abstrair faz parte desse pacto.

Você bebe aos finais de semana, nos dias de festas, no dia que foi muito cansativo, no dia que não tem nada para beber, no dia que é data comemorativa, no dia que você não quer beber e vomita muito no dia que você bebe o que queria, mas quis demais e não percebeu que não era possível querer tanto assim.

Tem que ter equilíbrio. Saber a hora de parar. Saber a hora de partir.

Essa bula é bastante indicada às pessoas ansiosas, que pensam que desejam demais e que acreditam que a felicidade possa existir. É contra-indicado
às pessoas mal-humoradas, com índole desconfiável ou grupos de risco.

Em 86,66% dos casos não há contra-indicação e nem efeitos colaterais.

Para surtir efeitos, você não precisa usar moderamente: você terá a disposição o suficiente, o discernimento e o sentimento que deve ter.

Viva a alegria dentro de si!

Viva batendo palmas!

E tenha uma vida eterna junto aos seus irmãos!


Felizes os que aqui ficam e reconhecem o lugar a que foram destinados.