segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Duas noites

Hoje desejei com todas as forçar tomar uma cerveja, havia assistido um bom filme e só queria ganhar um cafuné...

Antes disso, ao sair do trabalho, subi as ruas de paralelepípedos e com meu carro, (voei por cima da igreja e fui para outro planeta, lá não tinha pessoas nem prblemas, não existia cansaço nem trabalho, só existia silêncio, brilho e prazer), as pedras fazem o carro trepidar e o som falhar, logo cheguei na grande avenida e na minha casa. Descobri que existe algo que não me deixa ir para outro planeta, tentei voltar lá mas não consegui... eu estava com muita fome, fui comer duas horas depois do previsto, dormi sem minha cerveja e sem meu cafuné.

Já é sábado, estou com um fininho da vida na bolsa e algumas latas de cerveja na geladeira, essa noite eu quero mais que um cafuné, dormiria com você. Uma taça de vinho, um bom filme e uma lingerie nova. (Está fazendo calor, acho que vai chover, eu gosto muito de dormir com chuva e de conxinha...)

Peguei meu carro, precisava de refrescar a mente, enfim desliguei o computador e voltei ao mundo físico. Na rua vi pessoas felizes na roda de samba, vi pessoas celebrando o sexo dançando funk, pessoas bebendo vódka e ouvindo psy e vi que todas as mulheres estão usando vesitdo colado, cabelo liso, bolsa de lado, unhas vermelhas, sandália de salto, padronizadas pela revista capricho, parecem uma só. Coloquei o cd do ACDC, resolvi guardar o celular e não me preocupar se ele vai tocar (na verdade eu fingi para mim mesma que não estava me preocupando).

Não encontrei ninguém pra dividir o fino, nem para beber um vinho, tive algumas opções de "alguém" para dormir mas não encontrei ninguém. Entreguei o fino para um colega, comprei um Gudang de cravo, fumei enquanto dava uma volta, parei o carro observei o céu por um minuto e desejei voltar ao planeta que estive ontem, não consegui. (Talvez seja porque estou sem meu anel da sorte).

Fui para casa liguei a TV, a Xuxa está com um lindo vestido branco celebrando a paz e a educação, meu estômago ficou embrulhado, coloquei a TV no mudo, tentei entender o que o cachorro do vizinho estava dizendo, não entendi.

Desejei que você estivesse em minha cama agora, embaixo da coberta ouvindo a chuva. Um minuto de silêncio, fechei os olhose você não apareceu. (Eu ouvi "163000,00 doados... Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir... E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir, Deus lhe pague")

Você não apareceu em meu qurto, algumas lágrimas tentaram escorrer, puxei o ar junto com as bruxas e magos que residem nesse cômodo, um bocejo, um copo d'água, um xixi. Blackout.


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