domingo, 5 de maio de 2013

Perto de uma obra

Perdi todos meus amigos imaginários, perdi todo o meu faz-de-conta. Não sei como isso ocorreu, só sei que não tenho mais nenhum deles, assim como não tenho a capacidade de criá-los novamente.
Foi descendo a escada rolante para debaixo da terra que eu descobri que poderia ficar sozinha ou separada pelos trilhos de um trem, sozinha, sem brincar, sem imaginar.
Perdi também todas as letras de músicas que ouvia quando tinha 14 anos e que resolviam todos os meus problemas, perdi meu caderno música que tinha todas essas músicas que curavam qualquer doença, que me faziam apaixonar, que me tiravam do mundo real.
Perdi a capacidade de sair da ralidade.
Presa na realidade de todas as manhã e noites, prisão perpétua, aqui estou, dia após dia, subindo e descendo escadas rolantes, dentro e fora dos túneis que hora encontram a luz e hora ficam na escuridão de um mundo real.


Buraco de Luz

Nas duas últimas semanas aprendi a encontrar buracos de luz.
Um buraco de luz surge diante de seus sem que você perceba, é na espontaneidade que ele aparece e brilha no piscar de seus olhos e se torna um foco, um esvaziamente, uma verdade.
Eu não sabia, mas os buracos de luz já haviam passado diante de meus olhos sem que eu percebesse e por insitinto de animal humano que sou e com o poder tecnolgia que tenho, registrei alguns buracos que estavam repletos de luz nos momentos mais vazios, solitários,em que eu achava que era tudo um nada.