segunda-feira, 25 de junho de 2012

Noites


Pelas ruas de Roma o Diabo tentou comprar minha alma em troca de dois desejos, logo em seguida encontro um ser que ninguém enxerga nesse mundo, ele me perguntou: "Você se sente sozinha no meio da multidão?  Você tá me vendo?"... eu poderia ter respondido, mas não consegui... 
Então decidi morrer por um minuto e para dentro de um caixão eu fui, fiz minha lápide e ao encontro com o Diabo que queria minha alma, eu fui por inteira... “Só mais uma que se vai” 1989 – 2012. Depois de um minuto eu ouvi a sereia cantar  “se esta rua, se esta rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar" então voltei para vida  com um choro que marcou a indecisão de ficar ali para sempre ou voltar a viver no mundo que ninguém se vê. 
Ao lado de minhas lágrimas havia um coelho misterioso e bizarro, ele me mostrou a direção na qual eu tinha que andar... obrigada coelho!
Ainda nas ruas de Roma malhamos nossos glúteos, beijamos quem tem olhos vendados e comemoramos com muito vinho e segredos. Assim se faz uma noite de sábado.
Mistério, choro, confidências, sorrisos e desejos. 
Se ver, ver alguém e ser visto.