quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Na lucidez de uma loucura

Uma foto.

Noite estrelada. A placa do lote e um poste iluminando somente a placa, o poste na verdade é do mesmo tamanho dos outros, só que do ângulo visto, parecia estar do tamanho da placa do lote.

Uma árvore, a cor verde das folhas se dividia em um contorno verde escuro, do preto do céu. Do tronco nasceu um galho para o lado direito e em cima dele havia um urso (sem braço e sem perna, com orelhas pontudas, uma cabeça pequena e seus pelos eram folhas verdes).

Na frente do céu e da árvore tinha um carro branco, uma perna comprida vestida de uma calça jeans surrada e uma mão segurando um cigarro.

Na lateral esquerda da foto, um pedaço da cidade e da torre da igreja. As luzes da cidade se misturavam com as estrelas criando um jogo de cores entre branco, prata e dourado.

No momento havia sons baixos de carro, grilos cantando, algumas risadas e ruídos estranhos.

Cheiro de cravo.

O vento estava gelado, mas o calor era intenso, quando o vento tocava as pernas da garota ele refrescava seus pulmões e gelava seus pés.

Nada era mais bonito naquele momento do que sentir a liberdade de apreciar aquela “foto”, e sentir a liberdade em um mundo que não existe para algumas pessoas.