sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Você prefere o quê?



Não tenho mais nada de preferido... bar, cor, múscia, filme, banda, perfume, cerveja, comida, bebida.
Não tenho o significado de mais nada ao meu redor... trabalho, homem, família, droga, corpo, arte.

Meu peito se fechou, as costelas permanecem contraídas e o coração apertado.
Meus olhos ardem cada dia mais, o colírio não faz efeito.
Meu nariz é ressecado, e todo ar que entra não sai.
Meu estômago aceita qualqeur coisa, não necessita de nada saudável e permanece por mais tempo sem se alimentar.
Minha cabeça, não para de latejar no ritmo dos trabalhadores na construção.
Minha alma é obscura e faz parte de sonhos ruins.
Meus desejos mais perversos brotam nos meus olhos.
Meus momentos de solidão são minutos prolongados.
Minha boca tem um gosto amargo e minha saliva é seca.
Minhas unhas não crescem e a cuticula tenta se soltar.
Meu ouvido não suporta ouvir mais nada.
Meus olhos enxergam tudo em preto e branco.
Minha respiração é dolorida e fica parada na traquea.
Meus dedos, quando tocam o mouse funcionam automaticamente.
Meu corpo vai a qualquer lugar, e finge estar presente.
Minha vagina não sente nada.
Meu cérebro,
não consegue parar
de pensar,
em quais são
as minhas
coisas
preferidas...



O que eu prefiro?
O que você prefere?
Qual é a sua vida preferida?




"O que vejo, o que sou
e suponho
não é mais do que um sonho
num sonho."


"Tudo o que vemos ou parecemos
não passa de um sonho
dentro de um sonho."

(Edgar Allan Poe)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sábado


Recebi esse disco via msn, de um colega que tem um bom gosto musical.


Para os sábados que passaram, para os sábados qua ainda virão e se tornarão lembrança de mais um final de semana...
Uma música para esse dia...

Saturday's Gone

If you're kind for dusty highways and such
Be alright to look her up
The faded priestess of the highways and crutch
Calling when you're down on luck
By the disused railroad road station you go
To the house of dirty pearl
Her existential situation you know
She is not like other girls

She may ask you, "Do you believe?"
You can't stay, though you'll never leave

See the sapphire in the skylines so blue
See the diamond in the dirt
When you think the subject won't turn to you
She got demons up her skirt
It isn't sure of her reflection at all
Is seduced by all things past
A pleasure-seeker of dejection
Gazing into her looking glass

She may ask you what you believe
But the mirror doesn't see me

Saturday's gone, saturday's gone
Saturday's gone, saturday's gone

She may ask you, "Do you believe?"
You can't stay, though you'll never leave

Saturday's gone, saturday's gone
Saturday's gone, saturday's gone

Now a sundown comes, a new day for her
Tired of dress and leave the ground
You'd be a fool to ask her to lift you up
Why go up when you go down?
If you should tire of ties that bind you
Filmed on fever leaves so fast
You got trouble far behind you
Well knows nothing's made to last

Hear how God sees a lion roar
Watch the serpent crossing the floor

Saturday's gone, saturday's gone...


Sábado Passado

Se você é o tipo que gosta de estradas empoeiradas e tal
Esteja bem para procurá-la
A sacerdotisa desapareceu das estradas
Chamando quando você está sem sorte
Pela estação de trem abandonada você vai
Para a casa de pérola suja
Sua situação existencial que você sabe
Ela não é como outras meninas

Ela pode perguntar-lhe: "Você acredita?"
Você não pode ficar, mas você nunca vai sair

Veja a safira no céu tão azul
Veja o diamante na terra
Quando você pensa que o assunto não vai virar para você
Ela tem demônios levantando sua saia
Não se tem certeza de seu reflexo em tudo
É seduzido por todas as coisas passadas
Um prazer candidato de desânimo
Olhando em seu olhar de vidro

Ela pode perguntar o que você acredita
Mas o espelho não me vê

Sábado passado, no sábado passado
Sábado passado, no sábado passado

Ela pode perguntar-lhe: "Você acredita?"
Você não pode ficar, mas você nunca vai sair

Sábado passado, no sábado passado
Sábado passado, no sábado passado

Agora vem um sol, um novo dia para ela
Cansada de se vestir e sair do chão
Você seria um tolo a pedir-lhe para levantar
Por que subir quando você pode descer?
Se você se cansar de laços que o ligam
Filmado em febre deixa tão rápido
Você tem muitos problemas por trás de você
Bem sabe que nada é feito para durar

Ouça como Deus vê um rugido de leão
Assista a serpente atravessando o chão

Sábado passado, no sábado passado ...






segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Música

Música certa, no momento certo, de acordo com um pensamento e com um sentimento momentâneo...

Metade

Eu perco o chão, eu não acho as palavras
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim


Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio

Onde será que você está agora?


Uma letra que reflete metade de mim...



Duas noites

Hoje desejei com todas as forçar tomar uma cerveja, havia assistido um bom filme e só queria ganhar um cafuné...

Antes disso, ao sair do trabalho, subi as ruas de paralelepípedos e com meu carro, (voei por cima da igreja e fui para outro planeta, lá não tinha pessoas nem prblemas, não existia cansaço nem trabalho, só existia silêncio, brilho e prazer), as pedras fazem o carro trepidar e o som falhar, logo cheguei na grande avenida e na minha casa. Descobri que existe algo que não me deixa ir para outro planeta, tentei voltar lá mas não consegui... eu estava com muita fome, fui comer duas horas depois do previsto, dormi sem minha cerveja e sem meu cafuné.

Já é sábado, estou com um fininho da vida na bolsa e algumas latas de cerveja na geladeira, essa noite eu quero mais que um cafuné, dormiria com você. Uma taça de vinho, um bom filme e uma lingerie nova. (Está fazendo calor, acho que vai chover, eu gosto muito de dormir com chuva e de conxinha...)

Peguei meu carro, precisava de refrescar a mente, enfim desliguei o computador e voltei ao mundo físico. Na rua vi pessoas felizes na roda de samba, vi pessoas celebrando o sexo dançando funk, pessoas bebendo vódka e ouvindo psy e vi que todas as mulheres estão usando vesitdo colado, cabelo liso, bolsa de lado, unhas vermelhas, sandália de salto, padronizadas pela revista capricho, parecem uma só. Coloquei o cd do ACDC, resolvi guardar o celular e não me preocupar se ele vai tocar (na verdade eu fingi para mim mesma que não estava me preocupando).

Não encontrei ninguém pra dividir o fino, nem para beber um vinho, tive algumas opções de "alguém" para dormir mas não encontrei ninguém. Entreguei o fino para um colega, comprei um Gudang de cravo, fumei enquanto dava uma volta, parei o carro observei o céu por um minuto e desejei voltar ao planeta que estive ontem, não consegui. (Talvez seja porque estou sem meu anel da sorte).

Fui para casa liguei a TV, a Xuxa está com um lindo vestido branco celebrando a paz e a educação, meu estômago ficou embrulhado, coloquei a TV no mudo, tentei entender o que o cachorro do vizinho estava dizendo, não entendi.

Desejei que você estivesse em minha cama agora, embaixo da coberta ouvindo a chuva. Um minuto de silêncio, fechei os olhose você não apareceu. (Eu ouvi "163000,00 doados... Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir... E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir, Deus lhe pague")

Você não apareceu em meu qurto, algumas lágrimas tentaram escorrer, puxei o ar junto com as bruxas e magos que residem nesse cômodo, um bocejo, um copo d'água, um xixi. Blackout.