sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

mudança

Quando a gente muda... o mundo muda com a gente?

Quando a gente muda... a mudança machuca?

Quando a gente muda... a gente chora?

Quando a gente muda?

A gente muda quando sentimos um vazio que precisa ser preenchido, a mudança ocorre e de repente estamos sem chão, sem horizonte, sem caminho a seguir. Perde-se a vontade de acender as luzes, e de repente as lágrimas caem e escorrem por uma garganta apertada, na garganta um nó que precisa se desfazer para que a voz fale, o peito apertado se contorce a cada palavra não dita e a cada sentimento reprimido. 
A mudança que ocorre em mim, e que ninguém sabe que mudou, é aquela que causa desespero, escuridão e vazio. O vazio é a pior das sensações, nele um buraco negro no qual não conseguimos medir sua profundidade... Eu não sei quantos metros ele tem de profundidade, mas eu sei porque ele se formou...
Ele se forma porque de repente nos deparamos com uma nova situação, com momentos inesperados, e com pessoas desconhecidas que se tornam parte de você. E em menos de dois dias a mudança vem, os sentimos evoluem, o conhecimento cresce, você descobre uma nova emoção, uma nova energia, uma nova sensação e uma nova paixão... e você não sabe o que fazer com isso, não sabe o que fazer com tudo de NOVO que aparece... esse novo se mistura com sorrisos e olhares que marcam sua memória e se transformam em uma enchente de sentimos aflorados que te fazem chorar ao ouvir Rocket Man do Elton Jhon e te faz fugir da realidade sem querer voltar. Então eu percebo que mudei... e a mudança me asssustada... a mudança me faz valorizar o que tenho, me mostra quem sou e me faz sentir a vida.



"A vida é tão estranha, é como se tivesse uma beleza escondida ... e quando menos se espera aparece, você chora e ri ao mesmo tempo, acho que não preciso de drogas para me sentir vivo" (palavras de um homem de verdade e especial)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

o que te separa dela

A distância entre eles é de 350 km, a divisa de um estado, 500 km, as montanhas de minas gerais, um sotaque diferenciado, o rock e o sertanejo, área de humanas e a área de exatas, uma casa e um prédio, uma cachoeira e um mar, 250 km, um carro e um skate, 327 km, beber e não beber, o tempo entre cada férias de julho, os 350 dias para o próximo carnaval, a noite e o dia, a espera do próximo feriado, a espera da próxima festa,  2.877 km, o Oceano Atlântico.

Entre cada distância um pedacinho de coração é deixado, entre cada kilômetro uma pessoa especial, entre cada montanha uma paixão e no meio do oceano um amor.

Para esse momento deixo uma múscia..."Nosso Mundo" - Barão Vermelho.

Se eu ainda soubesse
Como mudar o mundo
Se eu ainda pudesse
Saber um pouco de tudo
Eu voltaria atrás do tempo
 
Eu não te deixaria
Presa no passado
E arrumaria um jeito
Pra você estar ao meu lado de novo
Eu voltaria no tempo


Pra voltar pra ontem
Sem temer o futuro
E olhar pra hoje
Cheio de orgulho
Eu voltaria atrás do tempo
Eu voltaria atrás
Atrás do tempo

Os nossos erros
Seriam apagados
Nossos primeiros desejos
Ressuscitados
E de novo eu voltaria no tempo

Eu não te deixaria desistir tão fácil
E não te negaria nenhum abraço
De novo
Eu voltaria no tempo

E a gente fez
Nosso futuro
Quase quebrando
O nosso mundo
O nosso mundo
Nosso mundo
A distância entre o início e o final de um arco-íris.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mais um carnaval

São cinco dias esperados por todo um ano, cinco dias intensos, cinco dias no qual não existe hora para nada... as necessidades fisiológicas do organismo nem se manifestam... sono... fome... sede... para onde elas vão??? No carnaval não existe rotina e você não tem compromisso com nada, não existe preocupação e por cinco dias você simplesmente se diverte, pula, dança, canta e ama.

Os amores de carnaval... sempre aparecem e se tornam inesquecíveis! Junto do vazio que nasce no peito, ficam as marcas das paixões momentâneas, dos romances de algumas horas e a lembrança daquele beijo, daquele abraço, daquele sorriso e daquele olhar.

No carnaval não existe distância, Ouro Preto, Mariana, Varginha, Alfenas, Muzambinho, Paraguaçu, Elói Mendes, Conselheiro Lafaiete, São Paulo, Belo Horizonte... não é preciso contar os kilômetros e nem o tempo gasto entre as cidades, tudo fica perto, todos estão no mesmo lugar, todos juntos, cada sotaque se uni em um mesmo hino em uma só voz... o carnaval de todos os sons, todas as vozes, todas os povos.

 Na quarta-feira de cinzas o vazio chega, o final do carnaval dói, quando se liga a TV e ouve as notas das escolas de samba, voltamos a realidade, a rotina volta, e a ficha cai... é quando percebe-se que tudo acabou.

As novas amizades e os novos amores ficam somente na memória e na relação virtual, é hora de entrar na rede social e encontrar aqueles que passaram alguns momentos com você, em um dos cinco dias de carnaval.

Depois dos reencontros é preciso dormir, comer e beber água... o organismo pede socorro e ao mesmo tempo sente o peso de sair do mundo imaginário, divertido e sem regras do carnaval. 
O corpo tem vontade de mais um carnaval, de mais uma cerveja, de mais uma madrugada na folia e de mais um beijo.  A mente tenta se organizar para voltar ao mundo real. volta a pensar, levanta suas regras, coloca os documentos em dia e lembra da hora de acordar na quinta-feira.  Os olhos se fecham e sonham com os melhores momentos de mais um carnaval.

E no quesito folia, música, bateria e paixão NOTA: 10






Tambor no meu peito faz o batuque do meu coração!