sábado, 2 de abril de 2011

Levanta




Acordar sem o celular.
Acordar com o som de pessoas conversando e de crianças pulando.

Ao olhar para a luz do sol que tentava invadir aquele cômodo de sombras , através da veneziana vi o que eu não queria fazer naquele momento: abrir os olhos .
Com olhos abertos comecei a observar aqueles metros quadrados entre as cores laranjas, cinza e preto, ao olhar as portas abertas do guarda-roupa vi o que realmente existe dentro dele: uma diversidade de mim mesma que ao juntar-se tudo em uma gaveta vira um nada.

Lembrei de fazer as unhas e comecei a montar um cronograma das atividades de hoje. Então percebi que a primeira atividade do suposto coronograma, seria simplesmente sentir prazer no espreguiçar de uma manhã de sol, sentir todos os músculos de um corpo inanimado começarem a trabalhar, conforme os cabelos se movimentavam livremente pelo lençol amarelo, uma pessoa que ali acorda começa a crescer ao som dos escravos na rua.

Nesse crescimento, regra número 1: sentir-se bem.
Regra número 2: Cuidar de mim enquanto esqueço o que existe do lado de fora da veneziana.

Trilha sonora: "Paranaue, paranaue, paraná"

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