segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Segredos de Liquidificador

Uma história, tipo novela...

Tudo iniciou naquela tarde de feriado, estava calor, bebidas, água.
Algumas trocas de olhares ocorreram ao redor daquela água azul.
O grau daquelas pessoas que conversam sobre suas faculdades, profissões, decepções, infância e desejos, começa a subir.
Alguns começam a se tornar amigos, trocam confidências e dão risadas.
Atração.
Ela se sente atraída por ele, e acredita-se que, ele por ela.
Uma mão se estende, outra mão se segura.
Um beijo.
Uma volta pela cidade, olhando as estrelas e apaixonando-se.
Foi assim o primeiro encontro.
Uma situação estranha surge, desencontros marcados e esperas.
A falta de ação entre os dois, só fazem crescer uma paixão que estranhamente aflora no sorriso de cada um deles.
Os encontros se tornam um pouco frequentes.
Surgi uma viagem.
A viagem foi o marco crucial para eles.
A viagem que durou 12 dias, parecia durar um ano, cada tarde naquele lugar não terminava, e cada noite durava1 mês.
De mãos dadas, eles caminham sobre a areia, se divertem ao olhar para as ondas e dão risadas ao molharem seus pés.
Se deitam, olham para o céu e se amam.
Tiram a areia dos pés e vão dormir.
O calor daquelas noites deixa de existir quando um está perto do outro.
É ano novo, chove, com os pés no chão, todos olham para o céu para ver os fogos.
Ela, vê os fogos brilharem nos olhos dele.
Ele, vê o brilho dos fogos refletidos nos pingos de chuva caindo sobre a boca dela.
Abraço.
Beijo.
Feliz ano novo!
Caminham pela chuva, cantando, rindo, bebendo, pulando, dançando e amando...
O tempo de saudade entre eles é de 3 a 4 horas, tempo suficiente para quererem se amar novamente.
Descobre-se que o amor não tem tempo, de manhã, tarde, noite, madrugada...
Mas a viagem, um dia acabou...
O estranhamento volta.
É carnaval.
As más línguas começam a aparecer junto das mais imperfeitas e maldosas fofocas e inimizades.
Dizem que ele tem outras duas.
Ela bebe muito, chora e vai dormir.
Ele liga, ela não atende.
Um tempo.
(tempo é a palavra que nenhum dicionário consegue explicar)
O tempo pedido foi o tempo de separação, de pensamento e da desconfiança.
O tempo se transformou mais tarde em tempo da saudade, em tempo da discórdia.
Ela beija um qualquer.
O tempo da saudade vai acabando, eles se olham, o tempo agora, para.
O tempo que antecede o beijo dura em torno de 3 segundos e sem pensar, eles se beijam novamente.
Vão embora juntos e voltam a se amar.
O problema é que aquele estranhamento volta. E dessa vez de um jeito diferente.

As relações deixam de ser casuais...
As más línguas voltam a trabalhar.
Eles se atrapalham e em meio, a todos conflitos internos dele e dela.
Separação.

Tempo real: 6 meses
Tempo surreal: infinito

Eles se cruzam na cozinha da casa de um amigo em comum.
De cabeça baixa.
Eles têm medo de se olhar.
Ela: medo da lembrança de encontrar o brilho dos fogos nos olhos dele.
Ele: medo da lembrança de encontrar o reflexo dos pingos de chuva na boca dela

É ano novo.
Está chovendo.
Parece que o destino os coloca no mesmo espaço, eles começam a partilhar do mesmo tempo, é preciso desejar "feliz ano novo"... como?


Final 1: Ela vai até ele, deseja: - Feliz ano novo.
Ele abaixa a cabeça e diz: - Para você também. (ele ainda tem medo do olhar dela...)

Final 2: Eles estão em um campo gramado em volta de uma piscina, tiram os sapatos , ficam debaixo da chuva, se olham, os fogos começam...
Ela volta a ver o brilho nele...
Ele volta a ver o reflexo nela...

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