segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

uma cidade

O prazer de tomar uma garoa noturna em uma noite de domingo é inexplicavel, assim como o prazer que se tem ao olhar para uma lua que se transforma em meio a nuvens carregadas de chuva o prazer de estar embaixo de um luar.

Vagar por uma noite chuvosa na cidade pequena deveria ser algo que todo ser humano deveria praticar, você ouve o silêncio da cidade, vê todas as ruas vazias, o trepidar do paralelepido vira música nos ouvidos de quem trafega por ele, a rua brilha na chuva, as luzes de natal se tornam um colírio para os olhos de quem as vê e a cada volta você sente mais vontade de estar ali, a rua te leva, te faz viajar e te mostra a beleza que fica escondida por debaixo das suas pálpebras. Pode parecer engraçado, a cidade dorme calma com o barulhinho bom da chuva, tudo igual mas a cada volta uma nova imagem aparece.

A solidão se cura com a beleza das ruas e das árvores que foram lavadas com a água dos céus, nessas horas além de você, existe um cigarro, uma mente pensante, um carro e um brilho no olhar que procura algo que ainda não foi perdido, o cheiro de chuva invade seu peito e nele você sente a presnça da pessoa que você espera... vagando pelas ruas percebe-se o tanto que se pode ser feliz morando em uma pequena cidade que em noites de chuva se torna grande, bela e poderosa.
Uma cidade que consegue transformar a melancolia de um domingo na beleza de uma chuva mansa que cai sob um rosto quente e sozinho.

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